sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Um dos elementos fundantes da Amazônia é o transporte naval por embarcações de madeira e seus construtores de barcos artesanais. Destaco o município de igarapé-Miri, meu lócus de pesquisa de anos de estudo, olhando a imagem com o sabor que a memória coletiva nos possibilita, a última embarcação que mestre Agenor Machado estava trabalhando antes de seu falecimento. E ainda a imagem do mestre Manduca, ambos antigos mestres responsáveis pela expansão e ensinamentos do ofício nos estaleiros na frente da cidade nos bairro do Tucumã e Jatuira. Sem barcos como pescar. A embarcação é historicamente um instrumento de acesso as instituições, cultura e meio de vida do bioma Amazônia.





 

sábado, 29 de julho de 2023

 

O que vejo é “personas” buscarem se posicionar ou até adquirir musculatura política, recorrendo imagens e narrativas de um tempo passado, pretérito, imagens de um lugar e equipamentos públicos de nossa cidade antiga. A esse respeito, as lembranças do passado, por trata-se de lócus e arcabouço teórico-metodológico de pesquisa no campo da história oral, etnográfico, etnodesenvolvimento... devemos ter por sua complexidade analítica, todo o cuidado e respeito ao trazermos à baila cenas do passado seja em qualquer cenário. Para tanto, busco aqui inspiração em um dos maiores pensadores brasileiros Milton Santos (1996) para advogar que “... Dentro desse processo de redefinição, o mundo – que visto como um todo é nosso estranho – tem sua existência revelada pelo lugar – nosso próximo. No lugar conhecemos o mundo pelo que ele já é, mas também, pelo que ainda não é. Dessa forma, o futuro, mais que o passado, torna-se nossa âncora”. Assim, ao completarmos recentemente 178 anos de fundação do município, penso em focar num Igarapé-Miri rumo a 200 anos, num salto para o futuro! E tudo aquilo que podemos ainda transformar para o bem de nossa casa comum em meio ao modelo técnico-científico-informacional vigente no globo. Edson Antunes