O que vejo é “personas” buscarem
se posicionar ou até adquirir musculatura política, recorrendo imagens e
narrativas de um tempo passado, pretérito, imagens de um lugar e equipamentos
públicos de nossa cidade antiga. A esse respeito, as lembranças do passado, por
trata-se de lócus e arcabouço teórico-metodológico de pesquisa no campo da
história oral, etnográfico, etnodesenvolvimento... devemos ter por sua
complexidade analítica, todo o cuidado e respeito ao trazermos à baila cenas do
passado seja em qualquer cenário. Para tanto, busco aqui inspiração em um dos
maiores pensadores brasileiros Milton Santos (1996) para advogar que “... Dentro desse processo de redefinição, o
mundo – que visto como um todo é nosso estranho – tem sua existência revelada
pelo lugar – nosso próximo. No lugar conhecemos o mundo pelo que ele já é, mas
também, pelo que ainda não é. Dessa forma, o futuro, mais que o passado,
torna-se nossa âncora”. Assim, ao completarmos recentemente 178 anos de
fundação do município, penso em focar num Igarapé-Miri rumo a 200 anos, num
salto para o futuro! E tudo aquilo que podemos ainda transformar para o bem de
nossa casa comum em meio ao modelo técnico-científico-informacional vigente no
globo. Edson Antunes